segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ABUSOS DE EQUIPES GESTORAS" AFASTAM" PROFESSORES DE ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL

Finalmente alguns professores decidiram denunciar abusos de uma "equipe gestora"na rede estadual de São Paulo que trata professores e  com ameaças,pelo fato de ter o "poder de aceitar ou não o projeto pedagógico pra a escola de tempo integral ". Não é novidade que diretores de escolas de tempo integral abusam do poder de dispensar professores por causa da proposta da escola de tempo integral que é baseada em projetos.Alguns atribuem aulas para "amiguinhos"e e a famosa turminha dos puxa -saco desconsideram outros projetos apresentados. As Diretorias de ensino deveriam fiscalizar tais procedimentos,pois são notórios na rede.

Alguns professores fartos da situação estão abandonando tais escolas e colocando 

a boca no trombone. E ai...A SEE vai fazer alguma coisa ????

Veja a reportagem:

Em 18 meses, 16 professores deixam escola em S.Bernardo



Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
Denis Maciel/DGABC
Docentes da EE Professora Faustina Pinheiro Silva, no bairro Demarchi, em São Bernardo, denunciam problemas de relacionamento profissional com a equipe gestora da unidade de ensino. Pelo menos 16 educadores teriam deixado a escola nos últimos 18 meses por não concordarem com situações como gritos, ameaças e perseguição. A Secretaria da Educação do Estado garante que irá acompanhar a unidade para averiguar a conduta dos funcionários e da equipe gestora.
unidade de ensino funciona em tempo integral e atende cerca de 200 alunos do Ensino Fundamental. O receio dos pais, bem como dos próprios estudantes, é de que a constante troca de professores na escola prejudique o aprendizado. “Só neste ano já trocou o professor de Português três vezes. A gente perde tempo enquanto fica com o substituto até chegar o novo e dar continuidade ao trabalho”, destaca estudante de 14 anos do 9º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com uma professora da unidade de ensino, que prefere não ter o nome divulgado, o ambiente de trabalho é inadequado. “Professores são coagidos e amedrontados pela equipe de gestão autoritária. Fui confrontada pela diretora em plena sala de aula, na frente dos alunos, do porquê de eles estarem agitados. Outras vezes, o porquê de tê-los deixado entrar atrasados em minha aula após o intervalo. Foram episódios que fizeram com que me sentisse não só constrangida, mas profundamente humilhada e injustiçada por tamanha falta de ética”, desabafa.
Outra docente, que também prefere não se identificar, revela episódio em que foi impedida de utilizar material da escola. “Certa vez estava imprimindo plano de aula semanal na impressora da sala dos professores e a coordenadora gritou comigo para que eu não mexesse na impressora dela. Agora me pergunto: a impressora não seria do Estado e para uso dos professores?”, diz.
Outra reclamação está relacionada ao fato de professores não poderem se impor. Segundo as educadoras ouvidas pela equipe do Diário, aquelas que discordam ou reclamam são perseguidas ou cessadas de suas atividades. “A supervisora da escola me chamou para uma conversa e me ameaçou dizendo que iria pedir para que a mãe de um aluno formalizasse uma reclamação contra mim e que isso poderia me prejudicar, culminando, inclusive, em exoneração do meu cargo titular”, revela uma das profissionais.
Sindicato docente oferece apoio jurídico
A partir do conhecimento dos problemas enfrentados pelos educadores da EE Professora Faustina Pinheiro Silva, a subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) destaca que coloca seu serviço jurídico à disposição das docentes para o auxílio necessário.
“Temos advogados para cuidar dessas questões, mas é importante ressaltar que os professores também precisam querer ser ajudados. Efetuar a denúncia e entrar com a ação, se for o caso”, destaca a diretora da Apeoesp na cidade, Vera Zirnberger.
Procurada, a Secretaria da Educação do Estado afirmou que não compactua com abusos dentro das escolas e, juntamente com a Diretoria de Ensino, acompanhará a unidade para averiguar a conduta dos funcionários e da equipe gestora. A Pasta ressaltou ainda que o processo para atuar nas escolas de tempo integral é opcional e os professores e gestores convocados devem ter dedicação exclusiva. Para tanto, recebem gratificação de 75% sobre o salário-base.
Nas escolas com o modelo, a jornada dos alunos é de oito horas e meia no Ensino Fundamental e nove horas e meia no Ensino Médio, incluindo três refeições diárias. Os professores e gestores atuam em apenas uma unidade, totalizando 40 horas semanais.

Fonte : http://www.dgabc.com.br/Noticia/1034874/em-18-meses-16-professores-deixam-escola-em-s-bernardo?referencia=minuto-a-minuto-topo

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